terça-feira, 20 de março de 2007

RUMO

Sais navegando à deriva
Em sonhos tumultuosos
Enrolada em farrapos de espuma
Que se soltam das ondas de amor
Quando quebram de encontro às rochas
À procura do porto que te abriga.

No sussurro surdo do silêncio
Entrecortado pelos gritos das palavras
Que saem do teu coração
À procura de carícias,
Na ânsia de um abraço,
Na volúpia de um beijo
Duma boca desejada
Trazida na alvorada


A busca de eternidade
Que se perde num horizonte
De arco-íris matizado
Um sorriso tímido,
Uma lágrima fugidia
Que teima em escorrer
Serra abaixo
Serpenteando ao acaso
No rumo em que te enlevo