quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

ESTRADA


Sentia-me perdido entre o ir e o ficar.
Olhava para um lado e para o outro da estrada
Não me conseguia decidir o caminho a tomar
Não tinha rumo nem rota nem destino nem objectivo
As mágoas e as dores carregavam-me como um pesado fardo
Que me vergava as costas.
Uma revolta crescia dentro de mim.
Intensa
Inexorável
Uma irritação crescente assediava-me
Não estava Não partia Não fugia


Encontraste-me e deste-me a mão,
Como se estivesse a morrer afogado num rio de águas tumultuosas de sofrimento.
Ofereceste-me o teu carinho e o teu amor
Eu não sabia o que fazer com eles…

Chegou a altura de partir
Aquela busca incessante que me fazia deambular
Sem rumo sem rota sem destino
Partiste!
Sem olhar para trás
Não me abandonaste, partiste apenas
Sabias que era assim que tinha de ser

Ainda estou parado à beira da estrada

1 comentário:

Maria Carvalho disse...

Eu sei....sempre o soube. Beijos.